04 abril 2006
Armai-vos uns aos outros.
De onde vem essas armas que esses danados carregam pelos morros afora? O problema da arma de fogo é que ela provoca um certo tipo de felicidade em certas pessoas e uma das coisas mais difíceis de estirpar é um hábito feliz. Eu me lembro da mulher na televisão (acho que era dessas comunistas antigas, do PT), óculos de grau, tristeza geral e a fala queixosa, se queixando justamente da violência que, segundo ela, impera na sociedade. A solução que ela propunha era recolher as armas. Vocês se lembram? Houve o plebiscito e a plebe ignara votou que não, que não vai recolher coisa nenhuma. O assunto esfriou e, como dizia o João Lenão, a felicidade é uma arma quente. Ouço tiros semanalmente nos morros que circundam minha casa. Na verdade os morros não circundam nada, eu é que fui morar num lugar que já era circundado mas, isso é fato, o tiro estala nas grimpas, nos contrafortes da madrugada. Pelo menos uma vez por mês. Eu nem gosto de armas, mas gosto menos ainda de sujeitos armados que venham em minha direção. Não vem não! Eu vou atirar antes.
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