26 janeiro 2007

Diga-me o que não falas (se isso for possível) e te direi quem és

As pessoas evitam pronunciar certas palavras, evitam escrever outras e evitam pensar em outras. São as palavras odiadas, palavras que causam irritação em quem as pronuncia, em quem as ouve. Palavras que causam desconforto em quem está escrevendo e o escritor que abusar delas vai encontrar o seu leitor do outro lado da linha que separa seus amigos dos inimigos.
Tudo é muito relativo, tudo é muito variável, mas existem algumas que são evitadas por quase todo mundo. Entre elas estão:
Alma - Honra - Responsabilidade - Sacrifício - Espírito - Mente - Moral e, inclusive, Deus (quando usada a sério, fora de expressões como "meu Deus!" ou "Deus me livre!") São alguns exemplos.
Essas palavras se tornaram malditas pelo peso doentio imposto a elas pelas religiões, durante alguns séculos. O cristianismo, mais específicamente. São palavras capazes de estragar irremediavelmente qualquer texto porque estão carregadas com uma (outra palavra chata:) aura de pura breguice, cansaço, desconfiança, dor e, por que não, medo.
O desconforto que essas palavras causam significa, entre outras coisas, que a alma (argh!) está machucada; significa uma cicatriz ainda dolorosa na área mental (ui,ui,ui) que trata desses assuntos.
Essas palavras foram praticamente deformadas e seu uso só é comum em desequilibrados.
Não sou masoquista, já tá ficando difícil continuar. Argh!
Por isso: diga-me o que não pronuncias e te direi que tua liberdade é ilusória, que temes ainda o monstro que se oculta no fundo de teus pesadelos e cujo nome verdadeiro não conheces bem, cujo apelido é medo e é tão velho quanto tua ingênua credulidade.
Caramba, carácoles, carái e putzgrila! Pqp! Desculpem, tenho que dar uma aliviada aqui, sô.

2 comentários:

  1. Olha só Guga, vim te ler depois de postar e...meu novo texto tem alma, e no título! Olha a sincronicidade! Risos!

    Beijos

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  2. Anônimo9:59 PM

    depois te falo o que acho porque hoje já passei das horas de te falar qualquer coisa, tá?
    Sempre sua
    Andy (aliás descobri que poucas são as pessoas que assim me chamam, valorizo você por estar entre as primeiras,
    e até hoje adoro ser chamada assim por você, e por algumas pucas outras pessoas, independente do grau de parentesco, tá? Se é que você me entende,
    Bjs
    sua ANDY

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