26 novembro 2010

Não gosto de cães

Olhando minha cachorra gorda, de quem eu gosto muito, é que fui perceber que não gosto de cães. 
Estou sendo tão contraditório como um cão, um animal extremamente contraditório. Porque o cachorro doméstico, com essa denominação que nenhum animal que tenha certo brio gostaria de possuir, é o bicho que mais ataca pessoas em todo mundo.
Eles latem na sua orelha, quando você passa por um portão qualquer, andando pela calçada, e o nível de decibéis é alarmante e eu gostaria de portar um lança-chamas, daqueles grandões, da segunda guerra mundial, e incinerar o infeliz.
Porque são bichos infelizes e precisam de cuidado, de carinho, de afeição, de companhia, de passeios. Quem agüenta? E deveriam estar acostumados com todas as pessoas - são pessoas, caramba. Supõe-se que um cão doméstico foi criado por pessoas, desde quando era um bostinha - mas não. Latem e mordem. Você vai fazer uma festinha no animal, um poodle, e a mulher, a dona dele, que anda com ele no colo, avisa: "ãh... ele morde", e complementa, se dirigindo ao cão: "né, fofinho da mamãe?"
Eu realmente não estou preparado psicologicamente para ser ameaçado por um poodle. Nem ser atacado por um pincher que não chega a pesar meio quilo. E, finalmente, eu me recuso a concordar com mulheres que acham um yorkshire, ou qualquer outra minúscula aberração peluda, uma coisa linda.
As "raças" caninas são apenas aberrações genéticas, artificialmente produzidas e se você soltar um desses cãezinhos peludos na floresta, ele vai morrer em poucas horas, levando com ele a triste memória do seu extenso pedigree.
Ok, foram feitos para companhia humana, para deleitar seus donos. Mas como é que um merdinha desses inferniza todos os vizinhos humanos com uma agressividade desproporcional ao seu tamanho ridículo? Eu gostaria de amarrar um desses numa coleira e chutar, perto dele, uma bola contra uma parede, repetidas vezes, só pra ele ver. Só pra ele sentir como a bola bate com força contra a parede e só volta porque é uma bola, não um pedacinho de carne e ossos. Quem sabe, naquele pequeno cérebro, a ficha caía?
Os cachorros grandões são piores, claro. Simplesmente porque são mortais retardados mentais. Mas minha cachorrona gorda, 40 quilos de ternura, está bem aqui no meu pé, enquanto lanço vitupérios contra sua natureza. Abana o rabo toda vez que eu estico o pé em sua direção, pra fazer um carinho nas suas costas. E ronca, a danada. É uma besta adorável.

5 comentários:

  1. Anônimo9:24 PM

    Eu amo a Mika, e detesto cachorrinhos pequeninos como vi na casa ao lado da que fui hoje, dois bichinhos tão pequnininhos que não dava nem pra saber de que raça eram! PÔ , mais a Mika é só carinho opra lá e pra cá, ela é Demais!!!!!!

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  2. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, bom demais.

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  3. não gosto de gente e gosto de gatos. dos cães tenho pena. de nós mais ainda. e então, heim?

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  4. Anônimo6:02 PM

    Guga, estou precisando falar com vc sobre publicação de uma charge.
    Grata, Denise (ddkremer@gmail.com)

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  5. A Mica pesa 33 Kg, não 40. Ela não é retardada e é uma raça legítima. Labrador retriever. 7a no ranking de inteligência canina. Grande companheira, sem ressalvas.

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